top 5: coisas que enchem na universidade

Postado por Abaixo do Radar , sexta-feira, 30 de julho de 2010 00:34

1 – Greves
2 – Cadeiras de Férias
3 – Reprovações por Falta
4 – Votos do Alunado com Menor Valor
5 – Eleições do DCE

*Da série Top5, listas e rankings, do jeito que eu gosto.

teorias de uma vida: presente, professor(a)

Postado por Abaixo do Radar , quarta-feira, 28 de julho de 2010 01:13

“I’ll be there for you, cause you’re there for me too...” (The Rembrandts)

Acho interessante como o sistema universitário brasileiro é estruturado na esfera pública. Sério! E longe de tecer maldosos comentários aos brilhantes pedagogos que os estruturam. Vou apenas alfinetar um dos detalhes que me incomodam profundamente e, talvez, não haja razão para ser da forma como é.

Ser professor é uma verdadeira vocação. Não que os professores universitários ganhem mal (tanto que a moda de fazer greve todo ano parou em grande parte das universidades públicas, acreditem!). Também não estou dizendo que é um suplício exercer a profissão de passar conhecimentos e auxiliar formação de novos talentos. Mas a paixão demasiada pela caderneta e sua tabela de pontos e “x” para verificar quem está ou não, me dá nos nervos.

Tudo bem que vários professores nem as utilizam. Outra parte, quando muito, passa listas facilmente enxertadas com nomes de quatro, cinco, dez colegas que sequer pisaram na universidade no semestre, mas juram fazer a disciplina. Entretanto, grande parte das pessoas sabe exatamente que estar na aula, não necessariamente é estar lá, ou irá fazer alguma diferença no seu aprendizado ou no seu resultado final.

E, neste ponto, entra a crítica. Questiono-me freqüentemente porque parte dos professores utiliza a caderneta de freqüência como uma arma. Sim, e de forma completamente despudorada! Usam para ameaçar os pobres alunos a estarem sempre presentes, caso contrário, independente dos seus rendimentos ou aprendizados serão punidos severamente com a munição da reprovação.

Por outro lado, vejo que o intuito maior da universidade é justamente universalizar o conhecimento. Ou seja, tornar comum, ampliar acessos, criar oportunidades, formar cidadãos. Mas isso só acontece se feito de maneira diferente, para pessoas diferentes. Logo, não é possível obrigar que todos os alunos tenham as mesmas dificuldades ou facilidades de aprendizado, ou que o rendimento de A ou B seja o mesmo, estando em todas as aulas ou apenas de corpo presente.

Por fim, várias vezes essa fixação por reprovar alunos por falta, acaba fazendo com que alguns alunos freqüentem as aulas apenas para não levarem-nas, mesmo quando são capazes de aprender o conteúdo inteiro de maneira autodidata apenas contando com o professor como tutor e direcionador de seu aprendizado em dúvidas que, não necessariamente, precisam do convívio diário em uma sala de aula. E, assim, acredito que esses fatores acabam por fazer com que estes alunos atrapalhem outros, que realmente precisam de uma imersão maior.

*Da série Teorias de uma Vida: um palpite sobre (quase) tudo.

diálogos: vinhais (uma homenagem)

Postado por Abaixo do Radar , segunda-feira, 26 de julho de 2010 00:04

Seja bem-vindo:
Essas são as nossas esquinas: únicas, brilhantes.
Salpicadas da nobreza de seu povo.
Os que param por um instante são apenas homens desejosos de fazer parte de ti,
Com dinheiro, almas e corações.
Trabalhamos, vivemos, somos a nossa polícia.
Temos ao nosso redor, tudo que melhora nossas vidas e nossa humanidade.
Os ônibus, religiosamente de 5 em 5 minutos confessam o ar primeiro-mundista,
As mercearias e a feirinha úteis para nossas donas de casa.
A horto-mercado repleto de cultura, tem um dos bares mais cults da capital,
As padarias inevitáveis,
O célebre e turístico retorno, com uma estátua sabe-se lá de quem.
Pois só há belas histórias a serem contadas neste lugar do mundo.
E o orgulho.

(Dedico este post ao bairro no qual vivi a melhor parte da minha vida, ao bairro que tem tudo demais, ao bairro que respira vibração, amizades, amores, ao bairro que me ensinou muito, ao bairro que exala bom senso, ao bairro mais impressionante do mundo, ao bairro mais encantador do mundo, ao bairro cujos acontecimentos banais se transformam em novos dias da independência, em que cada nova amizade é um novo apelido na lista, em que cada partida de futebol é uma abertura de Copa do Mundo em minha mente, ao bairro que é o meu bairro. O Vinhais é o centro do mundo.

*Da série Diálogos, releituras de coisas que eu vejo por aí.

**Texto original por Luciano Leite, aqui.

sobre o escuro...

Postado por Abaixo do Radar , sábado, 24 de julho de 2010 02:38

“Find me in the matinée, the dark of the matinée…” (Franz Ferdinand)

E naquela sexta-feira tensa, ele correu feito um louco. Mas ao escurecer, acabou deixando para trás todas as angústias das coisas que havia deixado para a última hora. Resolveu se entregar ao espírito de carpe noctem. Ainda que isso fosse apenas à frente da tela de seu computador.

Não importa. Ainda acreditava que a imaginação é que ditava onde ele realmente estaria. E naquele momento, eles estavam juntos. Ao som daquela música, naquele lugar especial, aproveitando cada detalhe...

Já se sabia o quando e o onde. O outro ponto, porém, era o quem. Ela já lhe parecia uma palavra um tanto vaga, para uma definição. Mas isso não importa. Por mais que já não lhe preocupasse tanto a falta de respostas para o quem, ele ainda conseguia fazer uma projeção mental. E isso nos leva ao como.

Bem, o como também é complicado de se definir. É interessante, mas a maioria das pessoas consegue criar imagens mentais de coisas que, possivelmente, nem existam. Talvez, esse quem tão especial, que lhe acompanha no onde e no quando seja como uma amizade imaginária. No fundo, todo mundo já teve uma. Mas, e as definições? Bem, as definições...

*Da série Sobre: a vida, recortada em detalhes.