sobre os desafios...

Postado por Abaixo do Radar , segunda-feira, 31 de maio de 2010 02:37

“And loves dares you to change our way of caring about ourselves…” (Queen)

Os dias passavam e aquela forte angústia apertava seu peito. Quem o conhecia percebia sua alucinante fuga entre palavras e músicas. Sabiam que ele fugia, mas não do que. Talvez nem ele soubesse, ao certo, que rumo tomar. Tinha certeza, apenas, de que não poderia ficar sentado, aguardando pelo melhor.

Esperando para enfrentar aquilo que mais temia: dar o primeiro passo. Assim ele se sentia. Mas olhou para dentro e no retrovisor da memória viu quantos passos firmes já havia dado. Não era mais um menino perdido em sua inexperiência. Refletiu sobre tudo que aprendera e tudo que sabia que poderia ser. E se sentiu firme para encarar.

Então, desafiou seus anseios e seguiu. Ficou frente a frente com o que lhe apertava o coração e levantou a mão, pedindo a palavra. Olhou no fundo da alma, prendeu a respiração e deixou tudo aquilo fluir de uma vez. Tentou reagir à sua tendência natural de criar um embotamento em seus sentimentos.

A exposição que o incomodava e deixava tenso, o mostrou que poderia ter mais força do que ele mesmo imaginava. Assim, conseguiu fechar os olhos para os pré-julgamentos dos outros. Lembrou-se que tinha um foco e dos desafios que tanto o estimulavam a lutar e a ser melhor. E assim decidiu seguir tentando encontrar o passo certo...

*Da série Sobre: a vida, recortada em detalhes.

top5: idéias marcantes da net (mundo)

Postado por Abaixo do Radar , segunda-feira, 24 de maio de 2010 23:50

1 – Google
2 – mIRC
3 – MSN Messenger
4 – Facebook
5 - Blogspot

*Da série Top5: listas e rankings, do jeito que eu gosto.

sobre os olhares...

Postado por Abaixo do Radar , domingo, 16 de maio de 2010 02:36

“I can’t see it in your eyes, there’s something…” (Lasgo)

Um dia como qualquer outro. Talvez não. Naquele dia, nem no auge de um processo visionário ou mediúnico ele conseguiria prever que se reencontraria com algo tão presente no seu imaginário.

E lá foi ele, cumprir com suas obrigações diárias. Estava certo de que iria embora mais cedo, mas por um desvio qualquer (alguns diriam destino, outros acaso), incentivaram-no que ficasse. Ele, sem saber ao certo o motivo, ficou.

Uns minutos depois do caos, um instante de paz. Quando já o aborrecia aquela total falta de sentido em estar ali, ela apareceu e o trouxe de volta à realidade com uma conversa divertida, embora simples, e com um olhar marcante, embora natural.

Não, isso não era tão pouco. A simplicidade de um olhar diferenciado era algo realmente importante para ele. Então, ficou ali o quanto pode e, se pudesse, teria paralisado o momento. Porque ele sempre procurará os detalhes mais simples escondidos nos melhores olhares...

*Da série Sobre: a vida, recortada em detalhes.

sobre os amigos...

Postado por Abaixo do Radar , sexta-feira, 14 de maio de 2010 02:33

“Whenever I’m down I call on you my friend...” (Groove Armada)

A fragilidade dos laços sociais está cada vez mais evidente, tanto em estudos de sociólogos, antropólogos e psicólogos, nos grandes centros, quanto nas observações mais simples do Seu José que mora naquela casinha de barro na distante cidadela do interior.

Ninguém sabe ao certo porque, mas coloca-se a culpa em todas as coisas. O mundo, o sistema, o país, os outros. O que ninguém enxerga é que por trás de todos esses mecanismos, se esconde o verdadeiro culpado: eu, você, cada um de nós.

Talvez o sistema tenha sua parcela de culpa, mas vale lembrar que hoje, todos pensam primeiro no seu bem-estar pessoal, seja ele social, afetivo, econômico, financeiro. É possível que, por esta razão, as pessoas tenham se tornado cada vez mais sozinhas e, apesar de agirem de maneira independente, acabam em seu íntimo, sentindo falta do convívio com outras pessoas.

É, meu caro. As coisas estão mudando. O que antes fazia parte do nosso cotidiano e era natural, hoje se mostra tão raro que surge um temor em pensar em como será o amanhã. Resta apenas a torcida para que, no fim, ainda possamos ter bons amigos com quem contar…

*Da série Sobre: a vida, recortada em detalhes.

top 5: idéias marcantes da net (brasil)

Postado por Abaixo do Radar , quinta-feira, 13 de maio de 2010 01:50

1 – Cadê?
2 – Bate-papo da UOL
3 – Internet discada 0800 da IG
4 – Flogão
5 – E-mail gratuito da BOL

*Da série Top5: listas e rankings, do jeito que eu gosto.

sobre as poesias...

Postado por Abaixo do Radar , quarta-feira, 12 de maio de 2010 00:32

“Sogno solamente fantastiche poesie, in um mondo pazzo i pieno de bugie...” (Brothers)

E ela se sentia exatamente assim. Perdida em um mundo louco e cheio de mentiras, onde as coisas que sonhava já não mais faziam sentido. Muitas vezes, acreditava que era melhor estar vivendo aquela realidade paralela do que o seu dia a dia. Tudo que ela queria era amar outra vez.

Ela já havia perdido a confiança nas pessoas e nos valores que diziam carregar. Aquele cara a magoou demais e ela sentia que, caso se entregasse novamente, correria o desnecessário risco de chorar outra vez. As poesias fantásticas que escrevera, ficaram empoeiradas no fundo da gaveta do seu coração. Tudo que ela queria era ser amada, mas dessa vez, verdadeiramente.

Desaprendeu a lidar com seu coração por causa de uma escolha mal feita. Não era o que ela queria, mas assim que a vida quis. Usou da frieza como escape, mas a doçura se expôs naturalmente em seu jeito. Tentou fingir que nada lhe importava, mas, no fundo, sabia o que lhe poderia fazer bem.

E embora ela visse, não enxergava. Ele era legal, diferente e estava ali. Ela reclamava da falta de sorte e da grande mágoa da sua vida. Ele ouvia tudo, mas pensava no quanto poderia proporcioná-la as cartas certas para a jogada perfeita. Ela o chamava de amigo, ele engolia amargamente. Ela sempre sonhava com o cara. Só não conseguia perceber que esse era o certo...

*Da série Sobre: a vida, recortada em detalhes.

diálogos: lá estava eu

Postado por Abaixo do Radar , terça-feira, 11 de maio de 2010 01:14

E mais uma vez eu me vi debruçado sobre minhas projeções, pretensões, decisões... Talvez, no futuro eu passe isso para o word. Uma piscadela agora talvez tenha acontecido nos olhos de quem leu. "Que coisa futurista...". É, eu sei, eu também pensaria o mesmo. Mas confesso, eu sou! Agora primo por coisas pós-modernas, de vanguarda, como queiram. Meu pai diz que eu sou um "adulto jovem", concordo com ele. Por quê? Porque meus pensamentos, minhas convicções, meus princípios estão na moda, em alta e alguns, até mesmo, a frente do meu tempo? Porque o meu gosto musical é o que meu irmão chame de "bate-estaca"? Prefiro ser assim... Eu escolhi de ser assim, me faz bem. Embora, isso às vezes possa conferir à minha vaidade masculina, um status de “bom vinho”, uma vez que sempre conferem maior qualidade com a medida em que aumenta a idade que tenho. O fato é que coisas tão complexas como ler auto-ajuda, escutar música ruim (o que eu chamo de "ruim", quer dizer com uma letra baianamente incoerente, e com muito "tum, tum, tum"), desconversar, reter experiências, ver apenas as figuras do jornal, enfim, coisas banais, se tornou tão comum, tão rotineiro e cotidiano, que eu, que ainda recuso fazê-las, me torno um pontinho indiferente, nesse vasto mundo furta-cor. Viver as coisas complexas da vida, sentir, tocar, ser... Simplesmente nada disso interessa. E sei que eu não sou o único. Por isso, me adaptei ao meio pra sobreviver. Darwin chama de seleção natural, eu chamo de coerência. A vida é agora.
Logo!

*Da série Diálogos, releituras de coisas que eu vejo por aí.

**Texto original por Tassia Cuba, aqui.

sobre as nuvens...

Postado por Abaixo do Radar , segunda-feira, 10 de maio de 2010 02:37

“Every cloud in the sky, every place that I hide, tells me that I, I was wrong to let u go…” (ATB)

Aquela leve fumaça odor baunilha, as luzes alternando tons vermelhos, verdes, amarelos e azuis piscando alucinadamente e os BPM’s acelerados, confundiam os meus sentidos cada vez mais. O suor escorrendo, as belas mulheres por todos os cantos e o meu corpo quase em transe não apagavam a ansiedade em cada onda de arrepio quando sua imagem aparecia na minha mente.

Troco o CD e coloco aquela música marcante, enquanto o pedal do acelerador e a tensa troca de marchas ditam o ritmo em que aprecio as paisagens noturnas da cidade. Por mais que consiga evitar sua imagem, nossos cenários insistem em aparecer no retrovisor.

Entro em casa, fecho a porta, passo a chave. Faço um breve lanche, tomo um banho, escovo os dentes e me preparo para dormir. Agradeço a Deus por mais um dia e peço luz para as minhas angústias. Fecho os olhos. Você abre meus sonhos.

Manhã do dia seguinte. Pego a mala e o bilhete, corro para o aeroporto. Check-in, detector de metais, sala de embarque, portão três, avião na pista, aperto os cintos, decolagem. Torço desesperadamente para que o piloto seja ainda mais rápido, me leve ainda mais longe. Você persiste. E fico me questionando se eu que estava errado quando te deixei partir...

*Da série Sobre: a vida, recortada em detalhes.

top 5: mães

Postado por Abaixo do Radar , domingo, 9 de maio de 2010 01:32

1 – A minha mãe
2 – A minha mãe de novo
3 – A minha mãe outra vez
4 – A minha mamãezinha
5 – A mãe de todos os queridos leitores do blog

*Da série Top5: listas e rankings, do jeito que eu gosto.

sobre o amanhã...

Postado por Abaixo do Radar , sábado, 8 de maio de 2010 02:12

“I cannot not handle that you're such a wannabe…” (Infernal)

7 anos. Você cresce em meio a sala da sua casa, em frente a computadores e monitores de LCD. Nunca verá uma vaca, um porco ou uma galinha, a menos que vá em um zoológico. Não há mais Discovery, nem Animal Planet, pois não há mais animas ou plantas a mostrar, com exceção de pequenas áreas privadas preservadas.

10 anos. Você não anda sozinho no seu condomínio, porque você nunca fez isso e provavelmente nunca fará. Você nunca ouviu falar de jogo de tabuleiro, nem de videogames de última geração. Você prefere jogos interativos através da internet ou praticar esportes no quintal com os seus amigos robôs. Eles são seus amigos, seus colegas, sua professora e quase sua família também. Você não usa MSN, nem sabe o que é. Fala com “estranhos” somente durante ações conjuntas dos personagens de jogos MMORPG.

13 anos. Você é um pré-adolescente que se acha idoso. Não sabes o que é uma scooter, que dirá uma bicicleta! Já pegou todas as menininhas do condomínio e de tanto brincar de médico, já era professor. Acha ridícula a idéia de sair da sua zona de conforto para ir visitar alguém. Você se vira só.

15 anos. Você não se tornou nada, porque não interagiu com outras pessoas. Não sabe quem és, o que és e pra que vive. Não sofreu bullying porque não tem convívio social para receber apelidos. Bebe água dessalinizada, come carne de laboratório e compra roupas somente pela internet.

18 anos. Você não sabe falar português, porque na sociedade pós-moderna só se usa o inglês. Nunca amou alguém ou teve uma conquista, pois aos treze já havia esgotado grande parte das suas alternativas e nunca haviam lhe falado que a vida a dois poderia ser legal. Não sabe como lidar com as pessoas, pois mal sabe que elas existem. E talvez continuará perdido, pois aquilo que era chamado de vida, já não existe mais...

*Da série Sobre: a vida, recortada em detalhes.

diálogos: amarelinha 3

Postado por Abaixo do Radar , sexta-feira, 7 de maio de 2010 01:59

Estava no fim do mundo chamado... UFMA.
E por lá por puro acaso do destino me transformei num grande filha da puta estudante do CCH, vagabundo que não faz nada, fumante, invasor de reitoria, membro do DCE, revolucionário-esquerdista-ouvinte-de-ipod-e-comedor-de-McDonald’s, apreciador da arte do grafite, das paredes verde abacate e pseudo-conhecido por muita gente.
Infelizmente não aproveitei todo esse prestigio e acabei esbarrando em meus ideais neo-hippies, socialistas e alternas, e não recebendo nada por todos esses feitos. ‘ Eu voltei, agora pra ficar, porque aqui, aqui é meu lugar’ já dizia o Rei Pelé (sic). Hoje, eu participo de um grupo de cachaceiros jogadores de bilhar que se reúnem religiosamente as sextas ao som de pagodes ensandecidos de quinta categoria e, como designa o titulo da minha breve estória, vivo sempre com a Amarelinha, na mesa do bambu bar, com centenas de casos de amor e/ou pura putaria. Até criei um blog, mas como eu mal sei que sei escrever, não faço sucesso nem na UFMA, nem no meu bairro, nem na minha província, muito menos no meu país, nem no planeta, talvez fora do Sistema Solar ou no Universo, se existisse vida fora da Terra...

*Da série Diálogos: releituras de coisas que eu vejo por aí.

**Texto original por Luciano Leite, aqui.

sobre o hoje...

Postado por Abaixo do Radar , quinta-feira, 6 de maio de 2010 01:08

“Live life given now, tomorrow can wait…” (David Guetta)

7 anos. Você cresce em meio a piscina de bolinhas de seu condomínio fechado, ou no centro de entretenimentos familiares cheios de jogos eletrônicos. Talvez, nunca tenha visto uma vaca, um porquinho, ou uma galinha, sem ser na Discovery ou no Animal Planet da sua tv à cabo.

10 anos. Você não anda sozinho no seu bairro, porque você nunca fez isso e provavelmente nunca fará. Você nunca teve um jogo de tabuleiro, porque legal mesmo é o seu videogame de última geração e a sua internet. Você não vê seus amigos, talvez porque não saiba onde moram, nem conheça suas famílias, talvez porque não sejam nada além das janelas laranja que piscam freneticamente no seu msn.

13 anos. Você é um pré-adolescente que se acha adulto. Não sabes o que é uma bicicleta, acha que pega-pega é o amasso com a ficante gatinha da outra sala da escola, não tem idéia do que possa ser esconde-esconde e pensa que polícia e ladrão é um negócio que acontece no Rio de Janeiro.

15 anos. Você virou emo, tem dúvidas sobre a carreira, a sexualidade, a família, uma marcante baixa auto-estima, tudo porque durante a infância e a pré-adolescência sofreu bullying (palavra mágica dos psicopedagogos razão de todos os problemas sociais pelo recebimento de apelidos dos amiguinhos).

18 anos. Você não sabe conquistar a mulher amada, porque aprendeu a roubar beijos sem precisar de qualquer esforço verbal. Também não sabe como lidar com os amigos, porque você não precisa olhar no olho de ninguém enquanto está online. E talvez, continuará sem saber quem és, porque ainda não aprendestes o que é a vida...

*Da série Sobre: a vida, recortada em detalhes.

top5: desenhos da década de 90

Postado por Abaixo do Radar , quarta-feira, 5 de maio de 2010 02:29

1 – Caverna do Dragão
2 – X-Men
3 – He-Man
4 – Thundercats
5 – Transformers

*Da série Top5: listas e rankings, do jeito que eu gosto.

sobre o ontem...

Postado por Abaixo do Radar , terça-feira, 4 de maio de 2010 00:13

“We're thrown in a world you don't belong, full of commercials and false promises…” (Nell)

7 anos. Você cresce em meio a um mar de oportunidades e brincadeiras coletivas divertidas, brinca em um playground da pracinha do seu bairro, cai na areia, machuca o joelho, arranha os braços. E sobrevive. Gosta de animais, já viu vacas, coelhos, cachorros, gatos, porcos, galinhas, seja no sítio daquele amigo do seu pai, numa viagem ao interior ou, ainda, em uma exposição agropecuária da vida.

10 anos. Você andava sozinho pelo bairro, pra visitar a casa do seu amigo que morava umas quatro ruas depois. Você ia para brincar de Jogo da Vida, Scotland Yard, War e Banco Imobiliário. Assim como você, outros amiguinhos também iam sozinhos, mas todos voltavam antes das dez. Você sabia onde seus amigos moravam, conhecia a família deles, sabia do que gostavam.

13 anos. Você era pré-adolescente, que se achava adolescente. Andava de bicicleta, jogava travinha no asfalto (apostando baré tutti-frutti e pães quentinhos), brincava de pega-pega, esconde-esconde, sete pecados, queimada, pêra – uva – maçã - salada mista e, até mesmo, polícia e ladrão. Ninguém se perdia por isso!

15 anos. Você ia às famosas festas americanas, no salão de festas do apartamento daquele seu amigo, cada um levando um prato de comida ou uma bebida, com os hits do momento tocando ao som. Já conhecia aquela menina que você gostava e, mesmo com toda timidez, a chamava pra dançar e, caso não soubesse, convidava para um bate-papo. Sim, você sabia conversar.

18 anos. Você sabe quem você é. Não teve problemas em ter passado a infância e a adolescência em grupos de amigos que se chamavam de jabuti, cabeça de banana, olívia palito, balão, chiquinha, boca de borracha, do mato e gigante. Isso era parte da interação social, brincadeiras sem fins ofensivos. Ninguém tem traumas insanos, nem ficou “de mal” com a família, os animais, o mundo, por causa disso. Você sabia olhar nos olhos. Talvez ainda saiba, porque você aprendeu a viver...

*Da série Sobre: a vida, recortada em detalhes.

diálogos: mítico

Postado por Abaixo do Radar , segunda-feira, 3 de maio de 2010 00:58

O estudante (e “deus da baderna”) Lucci não foi encontrado, pois ninguém, por alguma vez que seja, o viu. Não havia testemunhas, apenas transeuntes que associaram à sua presença, resquícios de vandalismo encontrados em um sítio colonial português. Entre suas demonstrações de sarcasmo e poder, estão a tortura e o extermínio do souza, percebido pela presença de pigmentos avermelhados sobre uma mesa de plástico; a manobra de controle das massas através de pequenas guloseimas açucaradas coloridas, após uma aparentemente inocente lavagem cerebral, conduzida por sua assistente Mare (“deusa da manipulação”), descoberta pela sobra de um papelzinho no chão; e a destruição completa dos arredores de um palácio imponente que arrotava ordem naquele local. A população, assustada, crê que ele tenha voltado para sua casa, que afirmam ser em colinas verdejantes próximas à cidade de... Colinas. O povo jura e crê fidedignamente que, Thir (“deus da condução”) foi visto com a velocidade de uma estrela cadente, rumo ao sudeste maranhense e que, simultaneamente, a voz de Lucci ecoava em sussurros, que repetiam um mantra “sobe, sobe, sobe”, seguido às risadas sarcásticas de Rober (“deus da fertilidade”), seu fiel escudeiro. Reza a lenda, que esta cerimônia divina contava ainda com a Cilla (“deusa da diversão”), a Suzee (“deusa da sabedoria”) e a Nika (“deusa mensageira dos mortais”). A polícia não se preocupa com Lucci, apenas teme e lhe deve obediência, mas as comunidades das áreas pacatas, já se unem em prol de ofertarem um sacrifício, para que não corram o mesmo risco da área já destruída em sua última passagem.

*Da série Diálogos: releituras de coisas que vejo por aí.

**Texto original por Mônica Beckman, aqui.

sobre os ventos...

Postado por Abaixo do Radar , domingo, 2 de maio de 2010 00:02

“Dis moi, dans ces vents contraires comment s'y prendre?” (Kate Ryan)

Como na época das grandes descobertas, ousou a navegar pelos mares tempestuosos, enfrentando desafios em busca do seu paraíso perdido. E tentando encontrar novos caminhos, se perdeu naqueles que já conhecia.

Ao avistar um punhado de terra firme, vislumbrou as riquezas que poderia extrair, sem pensar em construir o seu lar. Uma outra vez se perdeu. Deixou de ver além, para contentar-se com o pouco. Rompeu barreiras, mas desfez acordos. Esqueceu a honra, a lealdade, os princípios.

Então, percebeu que estava trilhando os caminhos da forma errada. Percebeu que nada construiu. Viu o mal que havia causado. E se lembrou dos princípios que outrora tivera e, por uma fração de segundos, se arrependeu, mas não conseguiu desfazer da direção que os ventos o haviam levado.

Olhou para o lado e, de maneira desconfortável, avistou um outro sujeito, tentando navegar da mesma forma, pelos mesmos mares, enfrentando os mesmos desafios e buscando os mesmos fins. Mas, este outro sujeito, tinha uma forma diferente de empreender. E, assim, tentou romper barreiras, mas não desfez acordos, nem esqueceu virtudes. Ele só queria construir seu lar, sua fortaleza e deixar o seu legado...

*Da série Sobre: a vida, recortada em detalhes.

top5: refrigerantes antigos

Postado por Abaixo do Radar , sábado, 1 de maio de 2010 03:40

1 – Jeneve
2 – Baré Tutti-Frutti
3 – Guaraná River
4 – Guaraná Taí
5 – Guaraná Cerma

*Da série Top5: listas e rankings como eu gosto.